outubro de 2024
TERRITÓRIO FÉRTIL, ETAPA 02.
Redação
É com entusiasmo que convidamos a artista quilombola Maya Quilolo para uma prosa crítica dentro da segunda etapa do nosso “Território Fértil”, iniciativa que ilumina novas possibilidades de interlocução entre artistas da diáspora negra e do continente africano, bem como estimula o debate crítico a partir da produção artística desses atores e seus respectivos contextos locais.
Conversaremos sobre modos de produzir arte em contextos atravessados por sensibilidades e memórias tão caras a territórios como o Vale do Jequitinhonha e suas populações.
Trespassando espectros da memória coletiva perguntamos: As artes podem atuar como ferramentas de revides e fabulações para este mundo? Como a produção artística e cultural negra é atravessada pelas questões de terra, território e meio ambiente? Como os conhecimentos tradicionais revelam pretitudes indígenas tão poderosas quanto complexas?
Essas e outras questões farão parte deste encontro espiralar que acontecerá na Diáspora Galeria, uma espaço pelo qual temos muito apreço.
Nos vemos lá! Pé na tábua!
SOBRE MAYA QUILOLO (1994) / ARTISTA EM MOVIMENTO: É artista e pesquisadora brasileira nascida em Maroon, uma comunidade quilombola em Minas Gerais, Brasil. Doutoranda na Universidade Federal de Minas Gerais, Quilolo se interessa por investigações multidisciplinares que abordam as potencialidades do corpo negro e as interseções entre arte, antropologia e herança indígena. Ela aborda os quilombos e cosmologias indígenas através do vídeo, fotografia, desenho, performance, literatura e escultura. Quilolo tem formação em estudos audiovisuais, comunicação e antropologia e, em 2022, a artista foi premiada pelo Prince Claus Fund como uma das vencedoras do Mentorship Awards. Para a performance lpôri (2019, Nigéria), ela cruzou o Atlântico carregando água de rios sul-americanos para o continente africano – a fim de expressar as relações transatlânticas.