março de 2019
ATHALYBA-MAN E O JOVEM NEGRO EM MOVIMENTO NA SÃO PAULO DOS ANOS 1990
Guilherme Botelho
ilustração MLOK
fotos MANDELACREW
e acervo Guilherme Botelho
Findado o século XIX, marcado pela abolição da escravidão (1888) que mais favoreceu aos antigos senhores, pois não foi planejada para uma integração da população negra na sociedade brasileira e pela transição do Império para o regime republicano (1889), a cidade de São Paulo se projeta como um grande centro financeiro e passa a receber um intenso fluxo migratório. Comunidades negras de diversas partes do país, somadas as comunidades que aqui já existiam, formaram “Quilombos Urbanos”.
O bairro do Bixiga é um desses “Quilombos Urbanos”, que a partir do final do século XIX e boa parte do século XX recebeu imigrantes brancos espanhóis, portugueses, italianos e negros nascidos no Brasil vindos do interior de São Paulo e outros Estados. No local, a presença negra marcante era no quadrilátero demarcado pelas Ruas Rocha, Almirante Marques Leão e Una. Dentro dessa demarcação encontra-se a Escola de Samba Vai-Vai.
Às vésperas da década de 1990, em períodos que antecediam o carnaval, nas ruas do bairro aconteciam os ensaios dos Blocos Oriashé; Esfarrapados e das Escolas de Samba Fio de Ouro e Vai-Vai. Manifestações culturais que tinham à frente pessoas da comunidade local ligadas a movimentos ou não, realizando cultura negra.
Nesse mesmo período, mais precisamente em 1988, Marco Antônio Carneiro, então com vinte e cinco anos de idade, frequentava os ensaios das Escolas de Samba supracitadas. Mas, vale citar que seu contato com a arte veio antes do universo cultural urbano que o cercava nas ruas. Filho de migrantes vindos do interior de São Paulo que se estabeleceram no Bixiga (seus pais são da cidade de Itapeva), jacta-se de ter nascido no Hospital Pérola Byington, localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 683; ou seja, no próprio bairro. Seu pai, Valdemar Carneiro, foi mestre de obra, leitor de jornal impresso e malufista. Sua mãe, Catharina Aparecida Carneiro, foi lavadeira, mas antes de dar a luz para seu filho Marco, aos 2 de agosto de 1963, foi cantora (trabalhou como backing vocal de Dalva de Oliveira).
Quando jovem pensou em se tornar cantor, mas não tinha voz para segurar nota. Letrado, passou a desenvolver, ainda na adolescência, suas primeiras composições. Leitor de HQs desde a infância, arte que o colocou em contato com a palavra escrita, assim disse: “(…) ganhei uma coleção de 800 gibis, cara! Então, eu vivia lendo (…) depois, com o decorrer do tempo, na época de escola, comecei a ler livros também. Mas meu objetivo era o seguinte: quando eu lia livro, meu objetivo era chegar na parte que tinha gravura. Essa era minha meta!”[1]
O contato via bailes blacks e festas nas escolas de samba com a música negra, nacional e internacional, o influenciaram a escrever com seriedade. Nunca gravou suas letras de Partido Alto, pois acreditava que para ser sambista tinha que ser músico formal, diplomado em escolas de música. Com o Rap foi diferente. Essa cultura musical chegou ao seu alcance por intermédio de pessoas próximas. Na casa do DJ Giba, ao ver seu amigo Guzula rimando, descobriu que poderia fazer música sem ter formação institucional. A aproximação foi inevitável. “A gente se reunia na casa do Gilberto, lá na Bela Vista também. Dai no dia me falaram: “Pô! Tamo fazendo um barato, um negócio que se chama Rap. ” Hum! O que é isso? Eu nunca ouvi falar. (…) foi no final de 87 (…). Ai fomos lá para ouvir esse tal de Rap. Chegamos lá e eles soltaram a bateria eletrônica, o Gilberto ficou fazendo uns scratchs. Aí eu fiquei impressionado, porque a bateria eletrônica não tinha ninguém tocando e ficava tudo certo ali. (…) Aí o Guzula começou a cantar em cima. Nossa Senhora, que loco, cara! Fiquei alucinado e a gente começou a se encontrar direto. A primeira letra que eu fiz foi Sistemão”.[2]
Athalyba-Man, em 2019
A junção desses amigos moradores do Bairro do Bixiga desembocou no grupo Região Abissal. Nome proposto por Guzula e que, para Marco Antônio, significa as profundezas, o submundo, o gueto onde “nóis tá!”. Além dos garotos, muitos trabalhadores do setor cultural residiam no bairro. Foi por isso que Gilberto e Kri (Ou Cri Cri, como era chamado nos anos 1980) conheceram um produtor musical da gravadora Continental e apresentaram-lhe uma fita demo caseira. O produtor levou para o pessoal da gravadora e aprovaram a contratação. A experiência artística desses jovens representa um dos primeiros momentos de produção autoral do Rap em São Paulo. Os DJs Giba e Kri manusearam uma bateria eletrônica; Marcelo Maita, músico tecladista fez os arranjos; Adilson compôs e participou dos vocais; tal como Bafé e Guzula. Marco Carneiro fez vocal e assina seis das dez composições do disco com o nome artístico Athalyba (pseudônimo que lhe foi incorporado devido à semelhança com o jogador de futebol Ataliba, do Juventus).
Athalyba-Man, também chamado de Atala pelos amigos, viu suas primeiras músicas serem gravadas ainda em 1988, fato que inaugura sua breve carreira artística, que durou até 1995 e pode ser dividida em dois momentos: 1) com coletivo Região Abissal, com qual lançou dois discos (1988 e 1990); 2) em carreira solo com dois trabalhos (participação numa coletânea em 1993 e o disco com A Firma em 1994).
“A experiência artística do Região Abissal representa um dos primeiros momentos de produção autoral do Rap em São Paulo”.
Fã das canções de Caetano, Gilberto Gil e Milton Nascimento (compositores que o impressionam pela capacidade dizer algo nas entrelinhas), nos seus escritos, em linhas gerais, nota-se um sentimento forte de indignação como reação imediata a alguns fatos que incomodam a sociedade como um todo. Esse sentimento aparece do início ao fim de sua carreira como um reflexo imediato resultante da compreensão das violências que estão ao redor, principalmente uma em específico: a brutal estrutura da sociedade dividida em dois pólos. Uma imagem binária entre aqueles que controlam a política institucional, se beneficiando disso, e os que estão à margem desse processo, impelidos ao que os mandantes decidem e na condição de vítima. Suas composições se concentram em seis eixos temáticos: a) Protesto; b) Educativo/Pedagógico; c) Rap Estória; d) Amor; e) Festa; f) Jingle.
Para compor Athalyba parte das seguintes condições: ser homem, negro e paulistano localizado na periferia do centro geográfico da cidade. Se as performances artísticas negras formam, denunciam e anunciam; o que e com quem que ele está se comunicando?
Capa do LP HipRapHop (1988)
O primeiro disco do grupo Região Abissal saiu em 1988, em LP e cassete. Uma construção musical experimental. No texto, letras com dois refrães, versos brancos (com métrica, mas sem rima) e refrão extenso exemplificam esse experimento. No som, pouca mobilização de recursos de equalização para alteração de timbres e o grave (característica marcante do Rap) se concentra no arranjo. Somado a isso, há incorporação artística dos ruídos (scratchs) e colagens de amostras. É na forma desse conteúdo supracitado que se revela as primeiras experiências de composições textuais e timbrísticas, o som acusmático periférico oriundo do contexto urbano de São Paulo.
Capa do LP Região Abissal (1990)
O segundo trabalho do grupo Região Abissal saiu dois anos depois, 1990. Gravado e mixado no Atelier Estúdio, o responsável pela edição foi Vander Carneiro. Os arranjos são de autoria de Marcelo Maita, Giba e Kri; a programação de sampler é de responsabilidade de Newton Carneiro. Foi o primeiro disco de Rap brasileiro gravado em sistema digital e que a concepção dos DJs ganha destaque. Ou seja, o corpo sonoro dominante passa a ser o beat eletrônico e o arranjo o subordinado.
“Para compor Athalyba parte das seguintes condições: ser homem, negro e paulistano localizado na periferia do centro geográfico da cidade. Se as performances artísticas negras formam, denunciam e anunciam; o que e com quem que ele está se comunicando?”
As letras ganham mais linhas e Athalyba opera sua originalidade artística dentro de um trilho conceitual, revelando um ethos reflexivo sobre a condição de ser negro em São Paulo. Nesse momento da carreira sua arte mobiliza um repertório que produz um imaginário de existência racializado, contraponto do “cidadão comum”, que não indaga sua vivência diante das experiências na modernidade. A condição de ser/existir na urbe é questionada quando ele passa a ter uma dimensão de cidadania desclassificada. Ao experimentar um universo cultural que o permite ser outra persona, tem-se uma exaltação da experiência negra fora da chave do cotidiano (que estruturalmente o coloca somente como trabalhador padrão). É nesse momento que ele exterioriza o amargo da dupla consciência, conceito desenvolvido por W.E.B Dubois em seu clássico livro Almas da Gente Negra e discutido, também, por Paul Gilroy, em sua análise sobre negro na modernidade, no livro O Atlântico Negro: Modernidade e Dupla Consciência.
Seu Rap questiona o que a vida moderna oferta aos seus semelhantes. Mas, a partir do momento em que sua disposição artística se verga rumo ao mercado fonográfico hegemônico, a dinâmica de sua composição gradativamente se altera.
Capa da coletânea Algo a Dizer (1993)
1993 foi o ano no qual as gravadoras mais colocaram discos de Rap no mercado, foram mais de quarenta. Entre os quais se destacam: Raio X Brasil, dos Racionais MC’s; O Começo da Vitória, do DF Movimento e o primeiro álbum da banda Pavilhão 9, chamado 1º Ato. Nesse período DJ Kri trabalhava como produtor prestando serviços a Zimbabwe Records, (a poderosa gravadora originária da equipe de sonorização de bailes homônima, dirigida por Willian Santiago, empresário e promotor de eventos) e apresentou um som de Athalyba-Man para o presidente da empresa; que gostou e o incluiu na gravação da coletânea Algo a Dizer Volume 1. Um ensaio para a projeção solo.
No mesmo ano, Marco Antonio Carneiro trabalhava em uma empresa de logística que prestava serviço de envio de correspondências e postagens de diversas naturezas. Num sorteio anual promovido pela gerência como bonificação aos funcionários acabou ganhando uma passagem para Miami. O passeio coincidiu com suas férias e por lá ficou vinte dias. Próximo à data de retorno ao Brasil comprou uma fita cassete single que continha a versão instrumental de “You Don’t Have To Worry”, de Mary J. Blige. Outro artista que entra nessa história é Q-Tip, novaiorquino e cantor do grupo A Tribe Called Quest. Fã declarado do flow desse MC, cuja uma das técnicas é acentuar a tônica da última palavra dos versos, Athalyba buscou uma palavra em que a pronúncia se aproximasse na acentuação. A proparoxítona “política” foi a primeira que lhe veio à mente. Em cima da instrumental supracitada compôs a música que o levou a assinar contrato com uma multinacional, graças a DJ Kri que entregou uma gravação em fita demo nas mãos de um produtor que caçava talentos no Atelier Studio.
“O videoclipe de Política concorreu ao prêmio de melhor do ano, pela categoria Rap, no festival MTV Vídeo Music Brasil de 1995. Dentro do mercado hegemônico esse foi o ápice da carreira de Athalyba-Man e seus amigos Kri e Grandmaster Duda (renomado DJ da equipe Chic Show e produtor musical)”.
Através do selo Plug, voltado para o mercado Pop/Rock nacional, a BMG-Ariola colocou no mercado o disco Athalyba e A Firma em LP, CD e Cassete. O lançamento foi em 1994 e o trabalho de divulgação seguiu pelo ano seguinte. A maior estratégia publicitária da BMG foi a produção de videoclipe. O produtor Reinaldo Barriga escolheu a música Fim de Tarde, uma regravação da cantora Claudia Telles. Entraram em contato com a videomaker Ruth Slinger, que trabalhava para a emissora MTV Brasil, e combinaram a ação. Os artistas só conheceram a responsável pela filmagem no dia da gravação.
Atendendo ao pedido dos rapazes, Ruth, no mesmo dia, gravou outras tomadas em diversos pontos da cidade, incluindo o bairro do Bixiga. Essa performance tornou-se o videoclipe de Política. Para os artistas, essa música representa mais o trabalho do grupo do que o solicitado pelo produtor. O videoclipe concorreu ao prêmio de melhor do ano, pela categoria Rap, no festival MTV Vídeo Music Brasil de 1995. Dentro do mercado hegemônico esse foi o ápice da carreira de Athalyba-Man e seus amigos Kri e Grandmaster Duda (renomado DJ da equipe Chic Show e produtor musical).
Contra-capa e capa do disco Athalyba e A Firma (1994)
Comparado aos discos anteriores, na produção, a presença de músicos de estúdio oriundos de outras culturas musicais reorienta a forma da música. Transparece uma exigência de “qualidade comercial” baseada em parâmetros Pop, orientada por uma agenda indexada ao mercado fonográfico. Ao mesmo tempo, nota-se um esforço por parte dos artistas que buscam impor o trabalho como arte negra. Pela concepção de Athalyba-Man, DJ Kri e Grandmaster Duda, no encarte do disco assim se lê:
“As músicas deste disco foram concebidas de acordo
com a nossa vivência nas noites de bailes blacks e
seguindo influências de diversos artistas da Black Music,
dentre os quais se destacam: James Brown, Chic, Jocelyn Brown,
Run DMC, Who Am I, Leader of New School, Living Colour, X Cape,
Yagg Fu-Front, Illegal, Duque Dee, Black Moon, R Kelly,
Heavy D and The Boys, Ice Cube, Def Jef, Gangstar,
Janet Jackson, Big Daddy Kane, J.V.C. Force,
Me Phime, Shabba Ranks, S.W.V, Tom Browne,
Parliament, Jorge Bem Jor, Tim Maia, Isaac Hayes,
Barry White, Funkadelic, Roger (Zapp), Bezerra da Silva,
Zeca Pagodinho, Originais do Samba, enfim,
todos da velha como da nova geração que
batalharam pelo sucesso da “Black Music”.
Obrigado, Athalyba e A Firma”
O processo de gravação durou um semestre e o resultado final evidencia uma tentativa de alcançar uma maior abrangência de público possível. A música que ressalta esse fato com maior expressividade é “Política”, uma das letras de Rap mais bem trabalhadas do período.
Na escuta, a e o ouvinte se deparam com um vocabulário nada comum à tendência do período, normalmente carregado de gírias. Cito aqui algumas expressões presentes no texto: “lúdrica”, “umbrícola”, “fúlgida”, “publícola”. Por “política”, o autor entende ser um discurso carregado de patéticas promessas (mentiras), apresentadas em estatísticas que, por eufemismo, intencionam amortizar o impacto da realidade, uma doença social. O ser que promove essa ação é o político profissional, “corrupto”, “facínora”, “encarnado na figura do publícola”. O povo está doente e cético diante da realidade, mas esperançoso. E o artista é a voz do povo. Com fluência, Athalyba desenha um conflito entre as personagens (povo, político e política) e se posiciona, apresentando um confronto entre denúncia e anúncio, similar a um jogo de perguntas e respostas, mentiras x verdades, político x povo. Na música aparece assim:
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“Joga o jogo de enganar postura física/
De enganar figura a lá postura cênica (…)”
Denúncia
“Vem política estúpida e anêmica/
Vem política raquítica, cínica (…)”
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“Nos palanques bem montados boa acústica/”
Denúncia
“São patéticas promessas de política (…)”
O conflito segue até o momento em que Athalyba chama a atenção do povo para mudar a forma de “encarar” a coisa pública:
“Parlamentarismo, monarquia ou república/
Muda o nome terão todos forma única/
Se não se mudar mentalidade lúdrica /
O modo de encarar a coisa pública”
Ao convocar as massas para a luta, o cantor faz de sua voz um grito uníssono de um povo uno:
“Que será de nós e nosso habitat?/
Sujando as mãos nós limparemos a política (…)”
Nesse momento, Grandmaster Duda mixa um Samba e o MC continua cantando como se estivesse transmitindo uma ideia de força popular, convocando as massas para um levante. Logo o Samba é interrompido e vem uma sequência de estrofes, na qual se evidencia que a política institucional é responsável pelas mazelas sociais. Se tudo acaba em Samba, o Rap dele não. Mas o teor crítico, no geral, a caracteriza como uma música de protesto atemporal que representa uma voz coletiva, o sentimento de um povo único. Essa característica só se faz presente porque a crítica atende à perspectiva do efeito framing.
A mídia hegemônica tem o poder de determinar a agenda pública e de como o público deve pensar sobre essa agenda. Esses dois fenômenos de enquadramento comportamental são denominados, pelos cientistas sociais, como agenda setting e efeito framing e influenciam, de forma persuasiva, atitudes e valores das e dos indivíduos.
Complexo e com léxico garboso, mesmo em cólera, nesse Rap Athalyba-Man não profere uma palavra de baixo calão. Pleno de consciência artística nota-se uma pessoa extremamente bem informada midiaticamente. Os anúncios parecem extraídos diretamente de um noticiário e a reação diante disso resulta, no máximo, na propagação de sentimentos de ceticismo e esperança, ou seja, uma reação imediata à agenda pública da mídia jornalística. Vale citar que a desconfiança em relação à política não é invenção dos meios de comunicação, mas um traço da cultura política brasileira.
Athalyba-Man, em 2019, trinta e um anos após o lançamento de HipRapHop, primeiro disco do Região Abissal
Na condição de artista de gravadora multinacional, ao ampliar a abrangência de seu discurso, o limite de sua criticidade se esbarra na promoção de uma visão de mundo constituída por reflexões dentro do efeito framing. Ao mesmo tempo, quanto mais avançam suas projeções artísticas, observa-se um ressalto estético no modo de dizer e na sonoridade que sustenta sua fala. É o fino Rap de Athalyba-Man.
Marco Antônio Carneiro assinou um contrato de três anos com a BMG Ariola, mas rompeu em 1996, antes de completar dois anos do acordo. Não concordou com algumas condições impostas pela produção para a confecção de um novo trabalho, o que alteraria demais a sua concepção de arte, e acabou se distanciando do universo musical. Sua música ainda reverbera entre os fãs de Rap nacional como grande referência. Inclusive, seu maior sucesso foi regravado em 2017 pelo pessoal do canal de Youtube Café Crime, em um projeto chamado Rimanessência, que é o encontro de letristas em formato “spoken word”. Em edição especial, a letra de “Política” foi citada em fragmentos que formam um todo na voz de sessenta e dois MCs com o seguinte anúncio na página do Facebook:
“A série Rimanessência lança hoje um especial, pra lá de especial!!!
Para marcar a volta do programa, fomos buscar na Raiz da cultura
um dos pioneiros do Rap BR, Athalyba, com a letra da música “Politica”
de 1992, que se faz mais atual e necessária nos dias de hoje (…).”
Hoje, 2019, Marco Antônio é pai de família, reside na Zona Leste de São Paulo e trabalha numa empresa de contabilidade. Segue a vida dignamente, dia após dia, de política em política!
[1] Entrevista realizada aos 25/02/2017.
[2] Idem.