março de 2009
BOXE
Nabor Jr.
De cá pra lá,
de lá pra cá
serpentes flutuando no ar.
Peito aberto,
queixo erguido
ora mocinho,
ora bandido.
Pula, dança,
cai, levanta,
vai! vai!
Pega ele!
Branco no Preto,
Preto no Branco,
tanto faz.
O sino soa.
A primavera agora é turva,
opaca.
Tudo não passou de um sonho fulgaz.
Mas Ele não,
segue quente, pulsante,
nem parece que mal acabara de levantar.
Se quer deu conta que o espetáculo fora finalizado.
O beijo cravado no ringue
e as mãos erguidas no ar.