julho de 2014

CUMBE: SOL, FOGO E FORÇA

Matheus Gato de Jesus

 

 

 

transcrição Filipe Araújo
foto Rafael Roncato
ilustrações Marcelo D´Salete

 

 

 

 

 

Professor, ilustrador e talvez o mais importante e criativo autor negro de histórias em quadrinhos do país, Marcelo D´Salete, revela nesta entrevista questões relacionadas ao seu mais novo projeto, o livro Cumbe, lançado em agosto.

 

 

 

 

 

 

O MENELICK 2ª ATO: O livro Cumbe representa uma nova inflexão nos seus quadrinhos. Do mundo urbano e contemporâneo que marcou o Noite Luz e o Encruzilhada, somos agora transportados para o tempo da escravidão, para os engenhos e canaviais. Como surgiu esse projeto?
MARCELO DSALETE:  Bem antes de surgir o livro Cumbe, havia realizado a leitura do Palmares – A Guerra dos Escravos do Décio Freitas, em 2004, num curso do Petrônio Domingues no Núcleo de Consciência Negra. Essa obra do Décio Freitas é muito narrativa e percebi que existia ali uma grande saga sobre o Quilombo dos Palmares. A partir disso, passei a me interessar em pesquisar outros textos sobre a história do negro no período da escravidão. Em 2006, sabia que não seria algo fácil trabalhar com esse assunto na forma de histórias em quadrinhos (HQ).

 

Nessa época eu já tinha as histórias do livro Noite Luz (2008) prontas, depois surgiu também o Encruzilhada (2011). Mas sempre trabalhei paralelamente na pesquisa e no roteiro de uma HQ sobre Palmares. Elaborar uma narrativa sobre o Brasil colonial exigia uma extensa pesquisa  sobre engenhos, roupas, paisagens, fatos, histórias. Ainda não tinha meios de dar forma pra isso em termos de narrativa e nem de desenho. Considerava meu traço insuficiente para retratar esse período histórico. Estava muito acostumado a trabalhar temas urbanos e atuais. Em 2010, depois de muitos estudos, considerei que era o momento certo para elaborar os argumentos, roteiros e desenhos pra um livro sobre resistência à escravidão.

 

A partir do estudo sobre Palmares, desenvolvi diversas narrativas ambientadas nessa época. Essas histórias juntas formavam um universo complexo sobre o período do Brasil colonial. Disso surgiu o livro Cumbe, um livro sobre as diversas formas de resistência à escravidão. Desde a forma de luta mais individual até as formas de enfrentamento coletivo mais direto, como o caso dos quilombos e das insurreições urbanas.  Percebi que essas histórias têm o conceito de resistência como algo central. Enfim, o livro Cumbe foi um primeiro diálogo com esse tempo. Para ajudar, Cumbe foi um dos projetos selecionados pelo Proac de quadrinhos em 2013.

 

 

OM2ªATO: Eu comecei enunciando uma diferença entre os seus primeiros livros e Cumbe. Mas existe uma continuidade interessante: a construção de um repertório de imagens para narrativas, fatos históricos ou cotidianos delas destituídas. O caso do quilombo de Palmares é interessante porque hoje possuí várias narrativas mas pouca visualidade. Gayatri Spivak há tempos formulou o problema: pode o subalterno falar? O seu trabalho nos ajuda a chegar numa questão diferente: quais são as imagens possíveis quando o subalterno fala? A questão da descontinuidade entre discurso e imagem na narrativa mesma dos dominados merece maior atenção.
MD: Grande parte das imagens sobre a escravidão e sobre o negro são imagens produzidas a partir de um olhar colonizador. Isso tanto nos desenhos e pinturas dos artistas holandeses do século XVII até as imagens produzidas por outros artistas no século XIX. São imagens que vêem o negro ainda como um grupo subalterno. Imagens que tratam o negro com certo exotismo e surgem a partir de um olhar europeu sobre aquele grupo. Não temos imagens feitas por negros nesse período. Essas imagens de autoria negra surgiram muito depois com, por exemplo, alguns artistas negros da Academia de Belas Artes do XIX. Desse modo, construir uma nova visualidade para personagens negros é tentar subverter a antiga imagem do negro na história brasileira. Acredito que produzir uma história em quadrinhos como Cumbe é criar poética, visual e ficcionalmente imagens que tragam o personagem negro como protagonista dessas narrativas e como uma possibilidade de contraposição a imagem de subalterno que foi feita no passado. Mostrá-lo não somente como vítima e subalteno, mas também como autor, como protagonista de uma história.

 

OM2ªATO:  O projeto Cumbe dependeu de uma grande pesquisa histórica sobre a escravidão no século XVII e XVIII. Um desafio colocado para uma investigação nesse tema que assume em seu resultado final um caráter ficcional e visa dialogar com as pessoas do nosso tempo é como não transformar a escravidão em uma metáfora abrangente do racismo. Em termos de quadrinhos quais são os recursos que lhe permitem marcar a especificidade daquele sistema no tempo e no espaço sem convertê-lo num signo da opressão em geral?
MD: As histórias do livro Cumbe surgem a partir de alguns casos específicos relatados por pesquisadores. Alguns são registros policiais e judiciais sobre casos envolvendo escravos. A ideia do livro Cumbe foi tratar esses casos ficcionalmente. Criei uma ficção a partir disso e o caso em si deixa de ser essencial. Este foi apenas um motivo, um fato inicial. A proposta foi construir personagens e narrativas para abordar as singularidades do escravizado negro dentro de um sistema de trabalho forçado. E esses casos particulares são muito importantes. Sinto que hoje temos muitos dados sobre escravidão, estátisticas, mas temos poucas experiências narrativas para perceber essa experiência de outra forma, para além do estereótipo e da imagem da vítima. Pegar esses casos particulares e transformar em histórias só é possível pela ficção. A partir disso surgiu a história Calunga, que aborda o relato sobre um negro escravizado que matou uma mulher escravizada numa fazenda (isso aparece no livro Trabalho livre, trabalho escravo: Brasil e Europa, século XVII e XIX.). Quais motivos ele teria pra cometer esse crime? E se tentarmos pensar isso num sistema escravista? Onde esse escravo não tem nada e a relação afetiva com uma pessoa é o único vínculo que ele tem com o mundo. Sendo que por esse motivo ele pode recorrer a atitudes extremas para ter o mínimo de autonomia dentro desse sistema. Imaginar a partir desses registros de época foi importante para dar força para as histórias do livro.

 

 

OM2ªATO:  O que significa a palavra Cumbe?
MD: Cumbe, no Kimbundo, significa sol, chama, lume. Está relacionado com a simbologia banto de alguns reis da região Congo/Angola. Cumbe também é um termo utilizado pra definir quilombo na América Latina. Inicialmente o livro teria o nome calunga, o título de uma das histórias. Calunga está ligado a uma divindade, a morte, ao mar e ao Atlântico. Para o título do livro, eu queria atentar para o contexto de resistência desses grupos negros. Por esse motivo veio a palavra Cumbe e a ideia de força.

 

 

OM2ªATO:  Por que o universo cultural de Cumbe está centrado na cultura banto? O que justifica essa opcão mediante todo repertório de culturas negras e africanas possíveis para se criar uma história?
MD: Era muito importante dentro desse livro tratar de elementos culturais dos povos negros banto que vieram para o Brasil. Os negros escravizados de origem banto (Congo, Angola) foram os mais numerosos no Brasil. No entanto, a academia por muito tempo deixou de lado essa herança e escolheu estudar os povos iorubás, mais presentes apenas no fim do século XVIII. Isso fez com que, por exemplo, diversas narrativas sobre negros escravizados apresentassem a cultura iorubá como fundamental (caso do filme Quilombo, 1984, do Cacá Diegues). Minha intenção foi explorar então algo pouco abordado em termos de narrativas históricas sobre esses grupos negros. Dentro disso comecei a estudar os grupos bantos e ver o que poderia ser utilizado para dar força para os personagens e para a história. Criar um contorno sobre o que é cultura banto no Brasil talvez seja difícil, mas isso aparece de maneira muito forte e rica no nosso português, na música, nas celebrações etc.

 

 

 

 

OM2ªATO: O texto e as imagens Cumbe trazem muitas palavras, expressões e símbolos africanos. Esse recurso somado a existência de sequências sem textos, apenas com imagens, cria uma distância entre o leitor e as personagens. Distância que não é afastamento mas a formalização estética no quadrinho da autonomia cultural do africanos e seus descendentes escravizados. Como você construiu esse efeito?
MD: Não foi algo fácil. Eu utilizei muito o livro  do Nei Lopes, Dicionário banto do Brasil, pra me familiarizar com esses termos. Utilizei também o Etnias e Culturas de Angola do José Redinha. Dialoguei muito sobre isso também com o escritor Allan da Rosa. Tentei trazer esses traços culturais para o livro de forma que não fosse estereotipada e que,  mesmo utilizando termos que talvez não fossem compreendidos num primeiro momento, pelo contexto seja fácil de imaginar o significado. Utilizar esses termos foi uma estratégia de se aproximar da época e de trazer um vocabulário possível para esses personagens e grupo. O que fazemos hoje é uma reconstrução do que imaginamos que tenha sido possível. A minha estratégia é tornar isso ficcionalmente interessante e complexo.

 

 

OM2ªATO:  Uma outra questão importante no Cumbe é a ideia de morte como liberdade e como libertação. Essa é uma moral estranhamente universal na diáspora africana nas Américas. O sociólogo Paul Gilroy fez uma análise famosa na qual indaga se essa referência a morte como liberdade e autonomia dos sofrimentos que se vive na terra não rompe com a famosa dialética do senhor-escravo de Hegel na qual a opção “racional”  em permanecer vivendo superaria o desejo de auto-destruição completa. Esse é o tema da história Calunga. A personagem opta pelo suicídio no mar como um mergulho no infinito, na transcendência do mundo como um reencontro com a liberdade.
MD: Esse conceito de morte é interessante porque está contido na ideia de calunga, da divindade, do mar como algo infinito, um território de outro mundo, uma passagem. No passado, muitos negros africanos, quando viam os africanos escravizados atravessando o Atlântico, imaginavam que eles estariam passando para outro mundo. Chegar na América já seria um outro local, um mundo sobrenatural. Voltar para a África poderia ser voltar para o plano da vida anterior. A história Calunga pretende explorar esse universo. O personagem acaba mergulhando no mar com esse sonho de chegar num outro local onde ele possa estar novamente vivo e completo. A luta desses grupos naquela época, dentro desta perspectiva, deve compreender as várias formas de pensar em resistência. Essa resistência pode ser direta, uma ação contra um capataz, ou uma resistência que existe nos menores gestos. Por certo a decisão por morrer não é um gesto menor, é um gesto extremo. E dentro de um sistema escravista que não permite outra alternativa, decidir pela morte acaba sendo uma resistência.  Vale lembrar do filme Doze Anos de Escravidão e o modo como o personagem é sistematicamente traído em seu sonho de liberdade. A traição acontece pelo colega branco que o denuncia, acontece quando ele tenta fugir e vê outros negros sendo enforcados. Ou seja, sistematicamente ele vê que existe um sistema inescapável, algo totalmente emaranhado dentro daquela lógica social perversa. Escapar daquilo, vamos dizer assim, seria quase um milagre. Daí que a questão da morte aparece como algo mais direto e palpável. Talvez a única forma de resistência possível.

 

 

 

OM2ªATO:  Outra coisa importante em Cumbe é a relação entre liberdade e amor. Em Kalunga é a fuga frustrada de um casal apaixonado que conduz ao desfecho trágico. Na história Malungo um líder quilombola deseja rever sua irmã e conduz um ataque na fazenda em ela é cativa. A afetividade conduz a utopia da libertação. Nessas histórias a liberdade não é símbolo mas um vínculo entre as pessoas.
MD: Dentro da nossa história sobre escravidão a questão afetiva talvez seja uma das coisas menos tratadas. Até porque temos  poucos relatos de ex-escravos na história brasileira. A afetividade acaba sendo relegada a segundo plano quando pensamos nessa macro história da escravidão, em estatísticas, etc. Acabamos não discutindo como esses indivíduos se relacionavam e a forma como poderiam reconstruir a sua identidade a partir dessas relações de afeto. Construir narrativas e propor esses laços entre os personagens é, de certo modo, uma maneira de contrapor uma visão estereotipada do negro enquanto vitima e  enquanto indivíduo isolado. É uma forma de criar relações e vida. Na história Malungo há uma pequena família. A mãe é levada para outra fazenda e dois irmãos, não necessariamente irmãos de sangue, convivem juntos. Hoje em dia temos estudos, como o de Robert Slenes, que tratam também de possíveis relacionamentos familiares entre negros no período da escravidão, embora num período muito mais recente, já no século XIX. Mesmo com a brutalidade da escravidão, não podemos deixar de vislumbrar que essas relações humanas, embora muito fraturadas, foram o que permitiu a permanência dessa cultura. Mesmo com a escravidão, houve a permanência de ritos, de danças e de diversos traços de origem negra em nossa cultura. Existia um momento de celebração onde era possível tentar construir identidades, mesmo que fraturada e subjugada.

 

 

OM2ªATO:  As questões de gênero são flagrantes nesse ponto. Em Calunga o personagem masculino, um escravo do eito, suicida-se no final para encontrar a liberdade. Essa morte é uma escolha. Mas ele assassina sua companheira, uma escrava da casa, por não optar pela fuga e permanecer na escravidão. Essa morte não foi uma escolha. O problema de como um regime de opressão fragiliza as relações entre homens e mulheres negras ganha aqui muitos contornos.
MD: Algo interessante dessa história, pensando no que você disse, é que ele é o escravizado mais subjugado e com traços mais evidentes de cultura banto. É ele quem fala sobre o tata, o sacerdote, sobre a nsanga, uma espécie de bebida especial, sobre o calunga, uma divindade. Enquanto a mulher escravizada carrega um colar com o crucifixo. Ele representa a identidade banto e a morte como passagem, não como um ponto final. Ela seria mais próxima do modelo cultural branco e da possibilidade de assimilação. Vale lembrar que o símbolo da divindade calunga é um sinal de ” + “. A linha na horizontal é o mar, o mundo terreno, e a linha vertical é o plano dos espíritos. Tudo isso está ligado com a passagem do sol durante o dia (sol traz novamente a noção de cumbe). Enfim, ele mata sua companheira para que ela possa acompanhá-lo. É um assassinato, mas também, dentro de sua loucura, um ato de amor.

 

 

OM2ªATO: Na história Sumidouro você aborda o problema clássico da miscigenação no período colonial. O bebê originário das relações entre o senhor e a escrava é assassinado pela senhora branca no local de tortura que nomeia a narrativa. A violência torna-se a matriz fundamental da alegoria da mestiçagem.
MD: Considero essa história a mais obscura do livro. A palavra sumidouro, o poço, traz algo de violento e trágico ao extremo. Esse era o local onde muitos negros rebelados eram mortos. O sumidouro aparece no livro do Aires Machado, O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, e foi cantada pelo Geraldo Filme no Canto dos Escravos de forma muito linda e melancólica. Ouvi muito esse álbum quando estava produzindo o livro Cumbe.  A imagem do sumidouro era algo impressionante. E a forma como o Geraldo Filme canta é bela demais. Essa narrativa apareceu inspirada por essa música e pela peça do Nelson Rodrigues, O Anjo Negro. A peça mostra um casal, no caso um homem negro e uma mulher branca, e seus filhos mestiços. De modo trágico, os meninos são mortos pela mulher e as meninas cegadas por ácido. É uma história incrível. Uma forma perturbadora de ver as relações raciais no Brasil. A partir dessas referências iniciais, pensei em tratar do caso de um homem branco e uma mulher negra nos séculos iniciais da escravidão. Depois disso foram surgindo outros fatos para o contorno geral da história. Essa narrativa apareceu de um modo mais ou menos rápido. Mas foi uma história que eu pensei muito antes de fazê-la, porque é uma das narrativas mais perturbadoras.

 

 

 

 

OM2ªATO: É uma das histórias mais fortes. Há o sumidouro como esse lugar obscuro que não deixa rastros de uma identidade. Bem, as duas ultimas histórias do livro tematizam a ação coletiva negra. Na história que se chama propriamente Cumbe há uma disputa política, uma divergência em como encaminhar a sublevação. As diferenças de visões e perspectivas está assinalada no desenho no próprio corpo das personagens por suas marcas corporais, marcas de tortura e também marcas culturais de origem africana. Por outro lado, existe mesmo uma retórica do sofrimento em jogo que acena para a contemporaneidade onde a identidade política é perpassada por diversos marcadores sociais da diferença como classe, raça, etnia, gênero e opção sexual que descentralizam as alternativas de representação social na esfera pública.
MD: As marcas corporais são importante para compreender essa história, assim como outras do livro. As marcas corporais podem aparecer em termos de escarificações, que são de origem africana, e em termos de marcas de posse, que são as marcas feitas pelos capatazes para mostrar que os negros escravizados eram propriedade, coisas. Tem também um terceiro tipo, a marca de castigo. Quando pensamos em marcas de castigo estamos tratando de resistência. O castigo acontece no momento em que existe um ruído no sistema escravista, quando existe resitência ao trabalho ou quando há fuga. Diante disso surge o castigo, a violência como forma de reiterar o sistema escravista e de opressão. O castigo é a forma, vamos dizer assim, mais direta e presente da opressão.  São três tipos de marca que de certa forma são exploradas no livro. Isso apareceu na história Cumbe um pouco a partir desse personagem que tem as marcas de castigo e isso acaba virando uma forma deles próprios se diferenciarem. Aqueles que possuem marcas seriam os mais próximos de uma resistência direta e aqueles que não têm marcas são os mais próximos do poder da assimilação. Considero que há vários elementos que seriam interessantes abordar a partir disso. Podemos pensar na situação dos africanos que chegavam no Brasil e na dos filhos de africanos nascidos aqui. Este grupo mulato tinha um status diferenciado do africano recém chegado. Há poucos relatos disso no século XVII, mas quando chegamos no século XVIII e XIX essa diferenciação já é muito forte. Existia uma linha divisória entre os africanos recém chegados e os mulatos ou negros aqui nascidos. Essa categoria de negros locais era vista de forma totalmente diferente dos africanos. Isso em termos de acesso, de circulação, de possibilidades dentro dessa sociedade. E essa diferenciação, na verdade, foi muito bem utilizada pelo poder colonial justamente para dividir e tornar a opressão mais eficaz.

 

 

 

 

 

 

Matheus Gato de Jesus

MATHEUS GATO DE JESUS é mestre em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente desenvolve na mesma instituição a pesquisa de doutorado Negros de Atenas: Intelectuais negros na periferia do Brasil moderno (Maranhão, 1870 - 1930). Também possui trabalhos sobre configuração do pós-abolição brasileiro na literatura e análises sobre a relação entre raça, etnicidade e trajetória intelectual publicados em revistas especializadas em ciências sociais.

A Revista O Menelick 2º Ato é um projeto editorial de reflexão e valorização da produção cultural e artística da diáspora negra com destaque para o Brasil.