outubro de 2015

VEJO QUE NUNCA FUI PICASSO: O CORPO HUMANO COMO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO PLÁSTICA NA OBRA DE PETER DE BRITO

Alexandre Araujo Bispo

 

 

 

 

 

 

 

 

Criador do coletivo Presença Negra, Peter de Brito, artista paulistano, vê no corpo humano um objeto de investigação plástica que percorre toda sua poética de jovem artista com múltipla formação em educação física, biologia e artes visuais. A própria Presença Negra enquanto ação coletiva que acontece no momento de aberturas de exposições de arte é um aspecto deste interesse, assumindo, contudo, uma forma híbrida entre arte e política. Esse ato de estar nos espaços expositivos públicos e privados revela como a Presença Negra objetiva chamar a atenção para as ausências de público e/ou artistas negros nesses lugares comuns de circulação da produção artística.

 

O ambiente artístico nacional com todas as suas limitações históricas parece estar também menos refratário a emergência de novos artistas plásticos, sejam eles negros ou mulheres, uma vez que o sistema de referências culturais promove amplamente o homem branco como tipo ideal privilegiado, e isso não acontece apenas no campo artístico. Apesar desse cenário persistente não se pode negar que o ambiente cultural tem se ampliado agregando mais gente com formação escolar específica e potência poético-expressiva para abordar certos assuntos; abrem-se aqui e ali novos espaços que começam a apostar em artistas e trabalhos que interpelam problemas diretamente ligados as desigualdades estruturais promovendo a crítica da história nacional, da vida política, das dificuldades do acesso aos bens de consumo, das atitudes racistas no país que ainda hoje insiste em vender interna e externamente a tensa imagem de uma “democracia racial”.

 

Com a ampliação do acesso aos dispositivos móveis que permitem a um número cada vez maior de pessoas produzirem seus sons, fotografias e vídeos, conteúdos diversos entram cotidianamente na rede gerando audiências antes impensáveis. Para ficar apenas no campo específico da arte contemporânea basta citar a série “Aceita” fotoperformance do artista paulistano Moisés Patrício que tem seguidores pela rede social Facebook em diferentes lugares do mundo. A série cresce de forma surpreendente gerando um acervo de imagens que trazem para o primeiro plano as sutilezas do racismo institucional brasileiro. Trata-se aí de olhar para os resíduos, os indícios e restos das relações sociais que conformam no mundo, e podem deixar traços, fios soltos de tensões passadas. De modo diverso Patrício fala da juventude negra ausente, cujos fantasmas assombram as estatísticas.

 

No âmbito da música popular massificada o batidão (Funk), fartamente conduzido por jovens cuja experiência social é negra, ainda que alguns sejam claros de pele, não apenas introduziu elementos musicais novos, como algumas letras captam e dão forma a novidade. A letra do funk de MC Bola “Ela é top” (2013) revela a democratização sonoro-visual em curso e ilustra bem o que quero chamar a atenção.

 

“Ela não anda
Ela desfila
Ela é top
Capa de Revista
É a mais mais
Ela arrasa no look
Tira foto no espelho pra postar no Facebook”

 

MC Bola usa uma terminologia até então específica do universo da moda para qualificar uma mulher comum: top model, categoria restrita aquelas modelos que atingem o topo e ganham muito. A palavra look por sua vez ganha difusão nos salões de cabeleireiros, aparece em programas de televisão que promovem a transformação do homem e mulher comuns, circula nos cursos de visagismo voltados aos profissionais da beleza. Adicionalmente a mulher ao qual MC Bola faz referência não depende de uma mídia oficial para existir e promover sua imagem, como antes da revolução digital seria obrigatório, ela simplesmente pode tirar fotos e postar no Facebook. Na rede cada pessoa tem sua autoimagem de capa que pode ser ou não uma imagem do seu rosto, e nos dispositivos móveis o autorretrato parece ser uma imagem mais recorrente a ilustrar as telas de proteção. A palavra look também é usada por MC Nego do Borel na letra “Os pobre do momento” Borel aponta para os “look dos moleque” combinando a palavra de origem inglesa com a de origem banto. Para terminar essa breve digressão sobre novas imagens corporais e a geração de um poder midiático paralelo – vide MC Guime e Emicida – queria indicar para a ampla aceitação de aparelhos ortodônticos, piercings e tatuagens que redefinem os corpos e as referências de beleza. Todos esses elementos constituem um repertório material erótico que joga com a sensualidade de MC Nego do Borel. Elemento interditado no ambiente da moda e de suas publicações, jamais veremos top models de aparelhos ortodônticos, contudo essa tecnologia seja central no clipe “Menina Má”, na qual a top é uma jovem negra com bastante cabelo e boca equipada.

 

 

 

É QUASE VERDADE

 

Peter de Brito na persona de Darcy Dias: tanto um corpo masculino quanto feminino.

 

 

 

Entre 2005 e 2006 quando a internet e os celulares com câmeras ainda não se tinham popularizado tanto quanto agora, Peter de Brito criou a série “Autorretratos” composta de 25 revistas tamanho entre 25×30 e 2…Delas só vemos as capas, e nestas diferentes pessoas, todas elas identificadas como Darcy Dias. Dias é tanto um corpo masculino quanto um corpo feminino que encarna valores comportamentais passíveis de serem comercializados na forma revista. Em certa capa ela é tranquilidade, noutra elegância; pode ser ousadia, ou apontar contradições; na capa de Boa Fôrma, é disciplinada, enquanto em Rassa é o artista nordestino, corpo bom tornado símbolo nacional; em Vejo é o astro que renova as esperanças na nação que confia no futebol, mas aposta pouco no cinema; a sensualidade de Descarada destaca a travesti Darcy Dias como uma garotinha boba. Para o artista estamos num tempo em que podemos ser o queremos. Isto tanto pode implicar intervenções cirúrgicas e próteses, ou cosméticos que clareiam a pele, alisamentos de cabelos progressivos. Também a fotografia dada sua difusão nos fornecem os retratos que queremos ver diariamente, muitos dos quais são autorretratos ou selfies. Imaginem fosse verdade existisse a revista de comportamento feminino Craúdia todos os meses trazendo conselhos sobre sexo antes ou depois dos 60 anos; sugerindo as tintas ideais para ocultar a perda de cor dos cabelos da juventude; trazendo exemplos de arrependimento que põem em cheque a decisão de entrega apaixonada no estilo novela brasileira; no especial que toda boa revista deve ter destaca-se o triplo problema da passagem do tempo ligada ao envelhecimento e explicitamente exposta: tristeza, decadência e sofrimento. O rosto jovem de Darcy Dias, seu sorriso levemente despretensioso e nordestino encarando a câmera pré-programada resultam a imagem de uma mulher de bem com a vida que sabe vestir a roupa certa/brega e fazer o gesto impossível para a maioria das velhas, mesmo as que foram lindas na juventude. Lembremos que Darcy Dias nesta publicação não é a leitora, mas a modelo reinando sozinha na capa, seduzindo sua audiência. Ela aparece, como outras personagens femininas criadas pelo artista, sem os longos cabelos normalmente explorados nas revistas de moda, como uma obrigação da condição feminina, mesmo para as negras.

 

Em franca oposição a Craudia do ponto de vista da extratificação social, está Vogui, ambas, porém, trazendo para a escrita os vícios e hábitos da fala fartamente condenados a depender de quem fala, por jornalistas retrógrados preocupados com o controle normatizador do uso (o) culto da língua. O linguista Marcos Bagno mostrou em seu livro A língua Oculta como as críticas de jornalistas ao suposto analfabetismo de Luis Inácio Lula da Silva na realidade não passam de preconceitos linguísticos fundamentados na realidade numa norma oculta, que a eles próprios não se aplica. Em Vogui Brasil Peter maqueia Darcy Dias com discrição e o chique aqui é seu retrato em PB contra um fundo cinza e letras vermelhas e brancas. Essas três cores foram amplamente usadas pela vanguarda russa do inicio do século XX como indicações de uma paleta mínima, mas com alta potência comunicativa, isto é, política. Retrato frontal olhar firme, mãos enluvadas dão a modelo a aparência de uma socialite, uma atriz de cinema, ou uma mulher mundana pronta para uma elegante festa noturna.  Aqui aparecem três personagens, um dos quais já está na revista anterior. São eles a escritora paraibana Vitória Littlestone, Peter de Brito e Paulo Grande sobre os quais falaremos mais adiante, buscando na articulação entre texto (poesia visual) e imagem mostrar a inventividade do artista quando da criação de duplos de si.

 

Agora Darcy Dias aparece na capa da revista Doida Figurinos. A intenção é promover os enlouquecedores 900 vestidos de noiva, bouquets, brincos, colares e cabelos apostando no vestido branco, colo descoberto e luvas que dão a ela o tom chiquérrimo das mulheres de Vogui Brasil. Relativamente oculto neste retrato está o clareamento de pele conseguido com a maquiagem branqueadora. Juntamente com o tratamento digital tem-se a aparência aveludada e macia para garantir na mente visual da consumidora o desejo de ser agradável e equilibrada, especialmente no dia feliz dia do casamento. Instituição falida para alguns, mas cujo mercado só cresce, o casamento é uma demanda agora também dos casais gays que incrementam o mercado com suas demandas para a realização da cerimônia ideal.

 

 

 

 

Em 2008 na Galeria Emma Thomas um homem intrigado com Darcy Dias a mulata da capa de Playbof, insistia com Peter que queria saber onde comprar a revista. Fazendo a mulata sensual e provocadora, mas sem o cabelão cobiçado por muitas mulheres do funk, do pagode, do sertanejo, das escolas de samba, do axé music que investem em apliques enormes, e homens que querem suas parceiras de cabelo longo a todo custo, a pose de Dias é um convite para ver o que tem dentro da revista, coisa que o leitor jamais fará já que ela não é senão uma capa sem consistência exibida sob displays de plástico transparente como numa banca de jornal. O problema entre o ser e o parecer, ou o que parece e o que é de fato atrai vários dos jovens artistas, entre os quais Renata Felinto, na performance White face and Blond hair (2013);  Michele Mattiuzzi com Merci Beacoup Blanco (2013) na qual se pinta de branco; Paulo Nazareth, quando nas suas deambulações pelo mundo indica numa placa “Vendo minha imagem de homem exótico”.

 

 

 

 

FOTOGRAFIA E MANIPULAÇÃO VISUAL

 

Por ocasião das eleições presidenciais de 2014 na qual duelaram partidos políticos na arena pública nacional, a grande mídia produziu verdades falsas com requintes de perversidade unindo imagens e textos para modelar a opinião do eleitorado, constituindo versões de “fatos” que apesar de terem se tornado verdades, não interromperam o processo democrático em curso. É próprio de uma democracia consistente o fomento da diversidade de opiniões, a proteção de minorias frágeis em relação ao valor das decisões tomadas pela maioria. A mídia apelou de tal modo que misturando ingredientes poderosos como fotografias e frases de efeito referindo-se ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e sua sucessora Dilma Roussef criou por um lado alguma comoção nacional, por outro instigou a mídia independente democratizada pela internet, a criticar a total falta de responsabilidade por parte de alguns veículos midiáticos oficiais, quando da criação de dados ficcionais vendidos, porém como a mais evidente realidade. “Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobrás: Dilma e Lula sabiam”. Dizia a capa de uma revista visionária que acreditou garantir com isso o resultado das eleições. A capa estrategicamente exibiu um híbrido meio monstruoso que unia metade do rosto de Dilma e metade do rosto de Lula separados por uma faixa vertical de texto com destaque para a frase escrita em vermelho “Eles sabiam de tudo”. Segundo a presidente eleita a revista fez “terrorismo eleitoral” produzindo uma “falsa denúncia”. A distancia entre o falso e o verdadeiro tem uma longa história no campo da fotografia. Utilizada em circunstancias variadas foi pela fotografia que os praticantes do espiritismo durante o século 19 tentariam provar a existência de espíritos do além que só podiam ser captados pela câmera.  Os amadores fotógrafos do movimento pictorialista criariam fotografias com aparência de pintura interferindo nos processos de revelação química, enquanto que os agentes coloniais dos grandes impérios ocidentais procuravam provar a inferioridade dos ditos povos primitivos fotografando-os em suas próprias terras, pondo em circulação seus retratos pitorescos a serem consumidos nestes mesmos países. O Brasil teve importante participação nesse processo, na medida em que deu origem a uma mestiçagem sem igual, que sem controle condenaria, segundo teóricos racistas como Agassiz e Gobineau o país ao fracasso, impossibilitando sua existência futura. Para que essa mestiçagem fosse positiva era preciso embranquecer a população, ação estratégica para tornar o país uma nação forte, saudável segundo os padrões eugênicos destes autores. Passados os anos ecos desse discurso continuam presentes e atuantes, sobretudo nas imagens produzidas pela mídia televisiva e impresa, que com o surgimento das mídias alternativas vem implodindo um poderoso sistema de controle visual que promove sempre e quase exclusivamente pessoas brancas a modelo de bondade, correção, respeitabilidade.

 

 

 

 

É esse o modelo que Peter ironiza em suas capas, fazendo-se figurar como Darcy Dias homens e mulheres comuns, tornados excepcionais por ilustrarem publicações. O artista joga com a dimensão da fama, com a fantasia em torno de um mundo que não existe de fato, já que não passa de manipulação mercadológica cujo fim é a venda de um produto, um comportamento, um estilo de vida. Darcy Dias torna-se uma casca vazia que incorpora oposições de gênero. Ela é agora ele “o maior cantor popular do Brasil” e por sua cara, sua postura na capa de Rassa Brasil vê-se sua cara mestiça de nordestino. O cantor exibe vários símbolos que foram se tornando cada vez mais comuns entre um número enorme de pessoas, ele usa brincos e tatuagem, camisa branca com ares de festa de ano novo em Salvador ou Porto Seguro, esconde e revela partes do peito e da barriga malhada.

 

Em Culta novamente o artista investe no retrato PB revigorando o estereótipo em torno da figura do artista genial, mas amplamente desconhecido, cuja a obra passou despercebida, mas que um crítico de arte, Vitor Brito, reanima em “Nuca fui Picasso. O retrato remete ao passado e a estética dos filmes noir das décadas 1940-50, como se Darcy Dias já estivesse morto e sua obra agora começasse a ser valorizada. Ao contrário das outras capas essa tem uma densidade temporal, na medida em que parece uma imagem de arquivo. A morte é o tema tratado em Morte Simples, para quem não quer viver, nela Peter retoma uma prática bastante comum em especial depois do século 18 de fazer a máscara mortuária de pessoas célebres, como presidentes e artistas. Aqui porém é sua face que ilustra a capa para o fim da vida que trás orientações de:  “Como se preparar para o pior” de se conscientizar que a depressão vai chegar mais cedo ou mais tarde, e de como encontrar todo aquele stress que desejamos para nossas vidas atribuladas. Se é verdade que a vida termina para todos, nem todos porém atingem a importância de funcionarem como astros capazes de aumentar a moral de toda uma nação. Na capa de Vejo lê-se:  “O astro que vale por uma constelação”. Na chamada o glorioso brasileiro Darcy Dias “seduziu o cinema americano e inaugurou uma nova era de otimismo e auto-estima entre nós” mesmo sendo um mulato de nariz largo mais preto que branco. Se não nos dissesse que se trata de DD poderíamos achar que fosse Pelé, um dos maiores astros negros do mundo, mas pouquíssimo solidário as desigualdades que impactam diretamente a vida das populações negras no Brasil, como de resto ocorre também com Neymar e Ronaldinho que com seu brilho tendem a ocultar sua condição de negros e mulatos. Isolado no céu como mais do que apenas uma estrela a face do astro torna-se uma constelação e passa a dividir espaço com outras constelações:  Ursa maior e Menor, Cão Maior e Cão Menor, Cassiopeia. Sua mulatisse, vista por Gobineau e Agassiz como negativa, porque era uma mistura espontânea que geraria um tipo fraco, é ao contrário exaltada tornando-se algo cósmicamente reluzente e essa sua luz própria ilumina a nação, que tanto admira o que vem de fora já empacotado para pronto consumo. Em contraste com o reconhecimento norte americano do trabalho, do esforço pessoal, do sel-made man na sessão “Política” ele informa: “Paulo Grande e a doce vida de vereador” indicativa da realidade política brasileira, onde os políticos usam da posição para acumularem privilégios aparelhando o Estado para benefícios próprios.

 

 

 

 

 

SOCIEDADE PLURAL

A série de autorretratos é boa para pensar acerca da pluralidade étnico-racial que resulta em muita mestiçagem do Brasil, na medida em que mostra ironicamente uma realidade que já é de certa maneira possível pela ampliação do acesso as práticas sonoro-visuais introduzidas pelo consumo especialmente de meios digitais de comunicação. É isso que permite que pessoas antes desconhecidas comecem a ter suas imagens circulando em diferentes grupos. É fato ainda que programas como Idolos (TV Globo), Esquadrão da Moda (SBT) e A patroa é um avião (Rede TV), mas também Manos e Minas (TV Cultura) ampliam as possibilidades de entender as novas formas culturais pelas quais os corpos são apreendidos e a variedade de novas celebridades que surgem, substituem as anteriores e somem de cena. Além de Darcy Dias, outras pessoas aparecem, mas exclusivamente na forma de nomes: Vitoria e Vitor Litlestone (Pedra Pequena), Peter de Brito, Vitor Brito, Paulo Grande, Paula Vitória, Dr. Brito, Paulo de Brito.

 

 

 

 

 

Esse conjunto de pessoas é, de certa maneira, uma versão fictícia, artística do coletivo Presença Negra. Na realidade essas capas a precedem como ação política. Assim Vitória é a escritora de poesias da Paraíba, Dr. Brito é médico, Paulo Grande político, ou astro da música e Darcy Dias é nós todos. Essas personagens vivem num mundo onde há publicações para diferentes públicos, um mundo onde as caixas de lápis de cor Xilocolor possam ser usadas por crianças pequenas em idade escolar com tal naturalidade, como se olhassem para bichinhos, fadas e outras imagens associadas ao mundo infantil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alexandre Araujo Bispo

ALEXANDRE ARAÚJO BISPO é doutor e mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Vive e trabalha em São Paulo. Atua com curadoria, crítica de arte, arte educação e produção cultural. Foi curador artístico, entre outras, das exposições: Aline Motta: Em três tempos: memória, viagem e água (2019); Medo, fascínio e repressão na Missão de Pesquisas Folclóricas, 1938-2015 (2015-2016); Negro Imaginário (2008). Curador educativo entre outras, das exposições: Todo poder ao povo: Emory Douglas e os Panteras Negras (2017) e Bienal Naïfs do Brasil (2018). Possui textos em publicações como Contemporary And América Latina; Revista Omenelick 2º Ato; Art Bazaar; Revista ZUM; SP-Arte; Pivô; Co-autor de Cidades sul americanas como arenas culturais (2019); Metrópole: experiência paulistana (2017) e Vida e Grafias: narrativas antropológicas entre biografia e etnografia (2015).

A Revista O Menelick 2º Ato é um projeto editorial de reflexão e valorização da produção cultural e artística da diáspora negra com destaque para o Brasil.